
A situação dos Direitos Humanos no Sudão do Sul, país no leste da África, é “uma das mais espantosas” do mundo, disse nesta sexta-feira (11) a ONU, que afirma em um relatório que o governo permite que combatentes “estuprem mulheres como forma de salário”, segundo a France Presse.
“Trata-se de uma das situações mais espantosas no mundo para os direitos humanos, com um uso maciço dos estupros como instrumento do terror e arma de guerra”, afirma a ONU.
O Sudão do Sul completou quatro anos de independência em relação ao Sudão em julho deste ano. O país de quase 12 milhões de habitantes, que é o mais novo do mundo, é também uma das nações com pior situação humanitária.
Há mais de um ano e meio, o país sofre com a guerra civil que opõe o presidente Salva Kiir e seu ex-vice-presidente, Riek Machar, acusado de preparar um golpe de Estado. De acordo com a agência para refugiados da ONU, o Acnur, o conflito provocou mais de 2,2 milhões de deslocados.
Deste total, mais de 730 mil pessoas que viviam no Sudão do Sul fugiram para países vizinhos e 1,5 milhão tiveram que abandonar as suas casas e procurar abrigo em outras regiões do país. Além disso, o Sudão do Sul acolhe mais de 250 mil pessoas que fugiram do vizinho Sudão.
O número de civis refugiados nas seis bases da Missão da ONU no país (Minuss) já ultrapassou os 150 mil, sendo que alguns estão ali desde o início dos combates, em dezembro de 2013. Mais de 10 mil pessoas chegaram apenas na semana passada, segundo os números apresentados pela Minuss.
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Fonte: G1 SP