Argentina – Milei faz hoje primeira reunião ministerial e mira corte de gastos
O primeiro ato do novo presidente da Argentina, Javier Milei, foi publicar um decreto que reduz o número de ministérios no país de 18 para nove pastas.
O decreto foi publicado em menos de quatro horas após a posse do presidente no Congresso.
No domingo, todos os ministros tomaram posse, em uma cerimônia sem transmissão pela TV estatal da Argentina, TV Pública, por ordem de Javier Milei.
A decisão surpreendeu funcionários da Casa Rosada e da emissora do governo. “Nunca uma cerimônia de juramento de ministros deixou de ser transmitida na TV estatal”, afirmou uma funcionária à CNN.
Alguns funcionários da Casa Rosada, ligados à gestão anterior, também criticaram a vice-presidente da República, Victoria Villaruel, durante a posse, ao falar “vice-presidente” e não “vice-presidenta”, termo usado por Cristina Kirchner.
Além dos oito ministros, assumiram cargos no governo a irmã de Javier Milei, Karina Milei, que ocupará a Secretaria de Presidência, cargo de extrema confiança do chefe de Estado, e o chefe de Gabinete, Nicolas Posse.
Segundo fontes da equipe do novo governo ouvidas pela CNN, Javier Milei pretende tomar as primeiras decisões ao alcance dele via decretos, como alterações de estrutura no Poder Executivo.
“Para avançar na agenda econômica, ele irá enviar uma proposta para mudar a legislação, mas isso será após conversas com o parlamento logo neste início, próximos dias”, afirmou à CNN uma fonte próxima de Javier Milei.
“O antigo governo deixou vários gatilhos, várias bombas que vão explodir logo, logo. Inclusive envolvendo sindicatos. O ano começou agora na Argentina, e não vamos parar. O presidente afirmou que quer sanitizar vários setores”, continuou.
Nesta segunda-feira (11), Javier Milei fará sua primeira reunião ministerial, e a orientação que será feita é cortar gastos de vários setores.
Um pacote com várias medidas com extinção de setores e cortes também será divulgado em breve.
Confira quem assume os cargos do novo governo argentino:
Chefe de gabinete: Nicolás Posse
Ministro da Economia: Luís Caputo
Ministro do Interior: Guillermo Francos
Ministra do Capital Humano: Sandra Pettovello
Ministro da Saúde: Mario Russo
Ministra das Relações Exteriores: Diana Mondino
Ministra de Segurança: Patricia Bullrich
Ministro da Defesa: Luis Petri
Ministro da Infraestrutura: Guillermo Ferraro
Ministro da Justiça: Mariano Cúneo Libarona
Secretaria de Comunicação Pública (porta-voz da presidência): Manuel Adorni
Secretaria de Cultura: Leonardo Cifelli
Secretaria da Infância e Família: Pablo de la Torre
Secretaria da Educação: Carlos Torrendell
Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social: Omar Yasin
Secretaria de Política Econômica: Joaquín Cottani
Secretaria de Bioeconomia: Fernando Vilella
Secretaria de Obras Públicas: Luis Giovine
Secretaria de Transporte: Franco Mogetta
Secretaria de Comunicação: Belén Stettler
Secretaria de Energia: Eduardo Chirillo
Secretaria de Mineração: Flavia Royón
Secretaria de Habitação: Iván Kerr
Outros cargos:
Procurador do Tesouro: Rodolfo Barra
Presidente do Banco Central: Santiago Bausili
Presidente do Banco Nación: Daniel Tillard
Diretor da ANSES (Administração Nacional da Segurança Social): Osvaldo Giordano
Diretor do PAMI (Programa de Atenção Médica Integral): Esteban Leguizamo
Titular da AFIP (Administração Federal de Ingressos Públicos): Florencia Misrahi
Presidente do CONICET (Conselho Nacional de Investigações de Científicas e Técnicas): Daniel Salamone