
Em seu último discurso antes de viajar a Washington e tomar posse como o 46º presidente dos EUA, Joe Biden não conseguiu conter o choro.
Agradeceu pelo apoio dos moradores de Delaware, estado onde viveu por quase 70 anos, e disse que sentia muito a ausência do filho Beau, que morreu em 2015 vítima de um câncer no cérebro. “Eu só tenho uma coisa a lamentar: ele não está aqui”, disse Biden, visivelmente emocionado.
Nesta quarta-feira (20), o democrata fará história ao assumir a Casa Branca em um dos momentos mais assustadores da trajetória americana.
Aos 78 anos, Biden é o homem mais velho a chegar à Presidência dos EUA e tem a missão de comandar uma nação divida e devastada por uma grave crise econômica e uma pandemia que já matou mais de 400 mil pessoas no país.
Sua Vice-Presidência Kamala Harris, a primeira mulher negra que vai exercer papel definitivo no que se tornou o principal desafio de Biden nos próximos anos: conseguir, de fato, governar.
A posse de um novo presidente tem tradição de mostrar a transição pacífica de poder nos EUA e os planos para o futuro. A primeira parte da história ficou comprometida neste ano com a recusa de Trump em comparecer à posse do sucessor, o que não acontecia há 152 anos.
O republicano não aceita totalmente a derrota e insiste na tese falsa de que as eleições foram fraudadas.
Em seu discurso de despedida, na véspera da posse de Biden, Trump não chorou. “Enquanto me preparo para entregar o poder a uma nova administração, ao meio-dia de quarta-feira, quero que saibam que o movimento que iniciamos está apenas começando”, disse o republicano.

Fonte: FolhaPress